Saturday, April 26, 2008

JR's interview on Estadão newspaper.... April 26, 2008!


Matéria do Jornal Estadão desse sábado (26 de abril de 2008) sobre a vinda de Johnny Rivers ao Brasil no início do mês de maio!!!!!!

Vem aí o eterno homem-baile Johnny Rivers
Cantor que tem 51 anos de carreira fala sobre suas raízes, seu projeto de um novo disco de inéditas e show no Brasil



Dez anos depois de sua última visita ao Brasil, quando tocou no Parque do Ibirapuera lotado, o homem-baile Johnny Rivers volta ao País para um novo show. Ele está na estrada há mais de 50 anos, mas dá um drible quando o repórter repisa sua idade. ''Será que podemos não falar sobre minha idade?'', diz, em entrevista por telefone, o cantor e guitarrista americano de 66 anos.''


Se você lê os jornais financeiros, em qualquer lugar, eles falam de como vai bem a economia brasileira, falam do biodiesel, dos campos de petróleo recém-descobertos. Eu fico feliz, porque sempre vi o Brasil como um país de imenso futuro'', diz Rivers, cujo nome de batismo é John Ramistella, filho de imigrantes italianos.


''Meu pai veio de Palermo, na Sicília. Minha mãe veio da região do Adriático. No ano passado eu a levei lá para rever sua terra natal. Foi emocionante, ela reencontrou os parentes, reconheceu tudo'', disse o cantor, que nasceu em Baton Rouge, na Louisiana. ''Foi onde eu cresci. É minha principal referência, foi lá que ouvi o rhythm''n''blues, o blues, o country puro de Hank Williams, a música cajun. Meu pai, italiano, adorava tocar Maybelline'', ele lembra.


As biografias oficiais mostram que ele teria 44 anos de carreira, mas Johnny ri quando o repórter lhe pergunta sobre isso. ''Tive minha primeira banda em 1957. Em janeiro de 1964 eu fiz os primeiros shows no Whiskey-A-Go-Go, que as pessoas pensam que foi o início da carreira, mas eu já estava muito antes na estrada.


''Sua gravação de Memphis, cover de Chuck Berry, estourou na mesma época em que os Beatles lançaram I Wanna Hold Your Hand, ele lembra. Seus concorrentes na época eram desse nível: Elvis Presley, Beatles, Beach Boys. ''Os Beach Boys, em minha opinião, foram mais decisivos nessa fase. Os Beatles copiaram muitas harmonias deles, além de coisas dos Everly Brothers, Buddy Holly e Chuck Berry. Mas não há dúvida de que escreviam belas canções, o que os diferenciava'', considera Rivers.


Em 2006, saiu uma coletânea intitulada Secret Agent Man: The Ultimate Johnny Rivers Anthology 1964-2006, que tinha a seguinte dedicatória: ''To the grand master, C.B.'' Rivers explica a dedicatória com simplicidade. ''C.B. é Chuck Berry. Ele foi a maior influência para todos os guitarristas. Ele inventou a guitarra no rock, é o avô do instrumento, influenciou de Eric Clapton a Keith Richards e a mim. Fizemos muitos shows juntos, é um homem muito afável, muito bom.


''Ele comentou brevemente sobre sua banda atual. O baixista é o mesmo de quando esteve aqui em 1998. O percussionista é do Congo. O guitarrista é espanhol, da escola da música mais erudita. ''Mas ele também pode tocar uma bossa nova brasileira, sem problemas'', brincou. O repertório? ''Vou tocar meus velhos hits, tudo aquilo de novo. Ninguém vai se decepcionar.''


Johnny Rivers diz que não é um saudosista, mas já tem saudades dos bons tempos do domínio da era do disco - de vinil ou CD. ''Foi uma época muito especial. Hoje em dia não tem mais lojas de discos, você compra CDs em farmácias. Eu gostava daquilo. Não é por minha causa, porque eu sempre fiz muitos shows, sou um homem da estrada. Mas eu gosto do trabalho de arte dos discos, gosto de consultar as notas biográficas, as informações sobre os músicos e as circunstâncias de gravação. Hoje em dia isso está muito difícil.''


Sobre novas bandas de rock''n''roll, ele diz que ouve o que pode quando está no carro, dirigindo, com o rádio ligado. ''Gosto de Jack Johnson, de John Mayer. Mas muitas das novas bandas soam como as velhas, não fazem mais do que reciclar. Ainda prefiro mais ouvir o jazz'', confessou.


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